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Primeiros passos para Leitura – Part. da Neuropsicopedagoga Carla Lara

Dicas práticas para os Pais

Aprender a ler é uma das conquistas da infância mais esperada, a partir dela é notável a melhora na autoestima, pois cria-se diversas oportunidades de aprendizado, melhora-se a capacidade de imaginação e criatividade. Entretanto, para que isso aconteça é necessário um ambiente acolhedor, acesso a materiais e a bons exemplos em sua casa.

Ao conversar com a Neuropsicopedagoga Carla Lara, ela disse da importância de a criança utilizar o desenho associado a leitura, pois é uma forma de ampliar o horizonte e possibilitar a interpretação, através de uma imagem mental do que se passou naquela narrativa. Além disso, ressaltou a importância dos pais nesse processo, demonstrando a necessidade de empoderar essa criança e mostrá-la que está tudo bem errar, que ali é momento de aprendizagem.

Pontuou também diversas atitudes dos pais no sentido de estimular a leitura, entre elas “não ser um exemplo de leitura excelente”, isso mesmo, pois quando você lê para seu filho de forma muito rápida e com uma facilidade imensa ele se sente muito distante do seu exemplo. Dessa forma, é necessário ter uma leitura mais pausada, com boa articulação e atenta as expressões da criança, em especial se é o momento de dever de casa.

Outra forma de verificar se seu filho está interpretando o que está lendo ou escutando é utilizar o reconto, pois nessa fase é notável a atenção dada as “letrinhas” em si e o esquecimento do conteúdo e da história. Dessa maneira, a interpretação oral não deve ser deixada de lado, pois é a partir dela que a criança faz sua significação e aumenta seu conhecimento em relação ao mundo que ela vive.

Outro ponto importante é a criança ter a habilidade de atenção, em especial a atenção sustentada, pois estamos em um mundo barulhento e cheio de distrações e nesse momento a criança necessita de foco para que sua aprendizagem solidifique, por isso a importância de um ambiente calmo e silencioso em especial para realizar as tarefas da escola.

Somado a isso, é muito importante que a criança manipule objetos, em especial jogos de quebra-cabeça, pois contribui para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, capacidade de raciocínio, resolução de problemas e coordenação motora. Sendo esse associado a leitura, pois a criança começa a perceber de forma lúdica como é a construção de palavras, ao comparar as partes do quebra cabeça às silabas que são sequenciadas e organizadas para formar uma estrutura de frase.

Além disso, ela atentou a alguns sinais que a criança pode apresentar nessa época como por exemplo agressividade, aflição e ansiedade, sendo necessário identificar essas características para apoiar as crianças a enfrentar esse momento, que repercute em sua vida como leitor. Portanto, a fonoaudiologia e a neuropsicopedagogia vem auxiliar os pais e a criança nesse momento tão esperado.

Fique atento e procure ajuda sempre que sentir dificuldade para ensinar!

Carla Lara e Gabriela

“A Neuropsicopedagoga Carla Lara me recebeu em sua clínica (Inteiramente Consultórios) para conversarmos sobre a importância dos pais, profissionais da saúde e educação no processo de aprendizagem das crianças. Foi um momento de muito aprendizado, agradeço a oportunidade!”

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Amamentação

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A amamentação, assunto que relaciona mãe e bebê, sendo uma das conexões mais lindas que o ser humano pode experimentar. O ato de amamentar é essencial para o bom desenvolvimento da criança, onde não só se introduz a alimentação, como também interfere diretamente nas estruturas orofaciais do bebê. Além disso, o aleitamento materno promove o crescimento osteomuscular harmonioso, equilíbrio da arcadas dentárias, língua e estimula a respiração nasal. Dessa forma, afeta diretamente no futuro desempenho da mastigação e fala.

Entretanto, por mais que seja um ato milenar ainda é um grande desafio para os pais e profissionais, tendo em vista as dificuldades associadas. Entre elas estão o ingurgitamento mamário, caracterizado por acúmulo de leite, dor, aumento de volume das mamas, presença de fissuras mamilares, e também complicações associadas às condições clínicas e anatômicas da mãe e bebê. Somado a isso,um posicionamento inadequado pode ocasionar quadros de otites, sendo esse um fator agravante para as perdas auditivas condutivas.

Tendo em vista, todas essas complicações o fonoaudiólogo é o profissional adequado para orientar a mãe quanto aos cuidados com sua mama e no posicionamento ideal que a criança deve estar no momento do aleitamento, é ele também que avalia o padrão de sucção do bebê e identifica se esse padrão se encontra em equilíbrio. Caso os padrões de sucção se encontrem alterados o profissional irá realizar estímulos musculares excitatórios ou inibitórios, com a intenção de harmonizar todas as estruturas. É importante ressaltar que a presença da mãe diante ao processo é fundamental, uma vez que, a mesma deve aplicar os exercícios e estratégias que o fonoaudiólogo passar.

O fonoaudiólogo trabalha juntamente com outros profissionais da área da saúde sendo fundamentais em hospitais, centros de saúde e domicílios. São grandes amigos das mamães e as acompanham, antes, durante e depois da amamentação. Estão sempre buscando mostrar as mães o valor do ato, passando para elas tranquilidade e segurança.

Meyriele e Gabriela

“Meyriele Neves é minha amiga apaixonada por MO e estética. Super comunicativa, dedicada na academia e uma ótima cantora. Muito obrigada por dividir esse post comigo!”

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Implante Coclear

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O Implante Coclear (IC) é um dispositivo eletrônico que tem como função transformar os sons em estímulos elétricos diretamente para o nervo auditivo e, posteriormente, esses estímulos serão transmitidos para o cérebro, onde vão ser interpretados.

O procedimento para se realizar o IC deve ser indicado pelo médico e pelo fonoaudiólogo audiologista, podendo ser eficaz para qualquer pessoa (crianças acima de 12-18 meses, adultos e idosos) que possui perda auditiva neurossensorial bilateral severa a profunda. Além disso, o IC é implantado através de uma cirurgia, possuindo dois componentes: externo e interno. A parte externa é composta por um microfone, um processador de som (que fica atrás da orelha), uma antena e um fio, que serve para conectar o processador na antena, na qual está ligada à pele do paciente sobre a parte interna. A parte interna é composta por um receptor, que irá enviar para a cóclea os sinais elétricos por meio de feixes de eletrodos, sendo colocado cirurgicamente por baixo da pele do paciente.

A atuação do Fonoaudiólogo na equipe de implante coclear é de grande importância, seja na etapa pré-cirúrgica, durante e após a cirurgia. Inicialmente, são feitas avaliações e o parecer do fonoaudiólogo é dado a equipe da cirurgia. Durante, ele é responsável por verificar o funcionamento e o nível de resposta do implante coclear. E após, ativar os eletrodos do implante e promover a reabilitação auditiva.

A reabilitação auditiva no implante coclear tem início na ativação dos eletrodos e na realização do mapeamento, além disso, a terapia auditiva gera mudanças cognitivas a partir das reorganizações químicas e estruturais no cérebro desencadeadas pela neuroplasticidade, fazendo com que os estímulos emitidos pelo implante possam ser realmente compreendidos pelo cérebro, haja vista que a qualidade do som percebido pelas pessoas implantadas é diferente, por isso, elas precisam de uma reabilitação adequada após a cirurgia.

Letícia e Gabriela

“Letícia de Abreu é minha amiga de classe e também parceira da Liga Acadêmica de audiologia, simpática e sempre com o sorriso no rosto. Obrigada por dividir comigo esse post! “

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Queimaduras de Face

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As queimaduras são denominadas como toda lesão provocada por contato direto com calor, corrente elétrica, produtos químicos radiações, alguns animais e plantas, dentre outros. Essa lesões danificam os tecidos epiteliais causando a morte celular desses tecidos. Elas podem atingir tecidos subcutâneos, músculos, tendões e ossos, bem como o tubo digestivo e até mesmo a árvore respiratória.

A classificação é feita de acordo com a profundidade do local atingido, além disso é fundamental analisar a idade do paciente para que seja feito o cálculo de extensão e gravidade. Entretanto, é necessário examinar se a queimadura está associada a algum outro fator traumático ou sistêmico, haja que podem acarretar alterações imunológicas importantes.

Dependendo da área queimada haverão limitações em algumas funções do corpo, uma vez que, existem queimaduras tão profundas que conseguem alterar todo o funcionamento normal. Ao observar pessoas com queimaduras de face e pescoço, é possível constatar que a retração e perda do tecido irá causar limitações das expressões e das sensações.

De acordo com diversos estudos fonoaudiológicos pacientes com queimaduras nas regiões de face, pescoço, tronco e membros superiores apresentam dificuldades em realizar as funções estomatognáticas (mastigação, deglutição, respiração, fonação e sucção) e, alterações nessas funções fazem parte da atuação do Fonoaudiólogo que tem como principal objetivo realizar um trabalho preventivo, precoce e de reabilitação diante das sequelas funcionais do aparelho fonador e de todo o sistema estomatognático.

Somado a esses fatores é válido pontuar que além da dor e incômodo provocado pelas queimaduras, há diversas implicações relacionadas a autoestima em especial quando o rosto é afetado, haja vista que ocorrem alterações estéticas bastante significativas e também funcionais que implicam em prejuízos a forma como a pessoa se apresenta à sociedade.

O objetivo da terapia fonoaudiológica é em primeiro lugar equilibrar as funções de modo a desenvolver a melhora do quadro do paciente. Além de melhorar a estética e consequentemente a qualidade de vida.

Pollyana e Gabriela

“Pollyana de Andrade é minha amiga apaixonada por bebês e fonoaudiologia neonatal. Temos em comum amar fazer resuminhos das matérias e esquemas para ajudar nas provas. Obrigada por dividir esse post comigo!”

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Leis e o Controle Social na Garantia do Direito à Saúde

Saúde Pública

A Lei Orgânica de Saúde Lei 8080/90, aprovada em 19 de Setembro de 1990, surgiu devido a necessidade da existência de uma legislação que regula as ações do SUS. Nela, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção, recuperação da saúde e a organização e funcionamento dos serviços de saúde em todo território nacional. Entretanto, via-se a necessidade da participação social para que o governo atingisse de forma mais efetiva a garantia do direito de saúde. Dessa forma a Lei 8142/90 regula a participação social, por meio de instâncias oficiais de controle social, seja por Conselhos de Saúde ou por Conferências de Saúde.

Essa implementação foi feita devido à necessidade da participação de atores sociais historicamente não incluídos nos processos decisórios do país, seja ele um líder da comunidade ou até mesmo o próprio usuário, tendo em vista o objetivo de influenciarem a definição e a execução da política de saúde.

O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública. Esta intervenção ocorre quando a sociedade interage com o Estado na definição de prioridades e na elaboração dos planos de ação do município, do estado ou do governo federal, seja durante a implementação de políticas públicas, quanto na fiscalização, monitoramento e controle das ações da administração pública.

Esse controle é um importante mecanismo de fortalecimento da cidadania que contribui para aproximar a sociedade do Estado, além de garantir que as políticas atendam de fato, às necessidades prioritárias da população, para melhorar os níveis de oferta e de qualidade dos serviços e também para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. O exercício do controle social é um aprendizado tanto para gestores quanto para atores da sociedade, uma vez que neste processo todos aprendem a reconhecer e a dialogar com diferentes necessidades existentes.

Os Conselhos de Saúde são órgãos deliberativos, ou seja, são locais onde tudo que é aprovado tem uma discussão prévia, que atuam como espaços participativos e estratégicos na reivindicação, formulação, controle e avaliação das execuções das políticas públicas de saúde. Já as Conferências de Saúde, consistem em fóruns públicos que acontecem de quatro em quatro anos, por meio de discussões realizadas em etapas locais, estaduais e nacional, com segmentos sociais representativos do SUS, sendo eles prestadores, gestores, trabalhadores e usuários, para avaliar e propor diretrizes para a formulação de políticas de saúde.

REFERÊNCIAS:

Controle Social das Políticas Públicas. Disponível em: <http://www.polis.org.br/uploads/1058/1058.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2019.

Sistema Único de Saúde (SUS): estrutura, princípios e como funciona. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude>. Acesso em: 10 mar. 2019.

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Traumas da Face

Impactos desses traumas no Sistema Estomatognático

Os traumas faciais são lesões que ocorrem nos tecidos moles e ossos da face, podendo também acometer o cérebro, olhos, seios da face e dentição. A principal causa dessas fraturas são os acidentes por veículos automotores, porém vem sendo notada a incidência dessas lesões em casos de violências interpessoais, sendo a ocorrência mais comum no sexo masculino. É válido pontuar que esses prejuízos provocam consequências emocionais, estéticas e funcionais, podendo essas serem permanentes.

As alterações nos órgãos fonoarticulatórios, provocadas por esses traumas, são de grande interesse para os fonoaudiólogos, haja vista, que eles interferem diretamente no desempenho das funções estomatognáticas. O sistema estomatognático é composto por partes moles e duras, ou seja, músculos e ossos, além de dentes, articulações temporomandibulares, sistema vascular, sistema nervoso e espaços vazios. Além disso, é responsável por desempenhar atividades vitais para o ser humano, como a mastigação, deglutição, respiração, fala e articulação.

Somado a isso, é válido pontuar que esse sistema pode também iniciar um processo de adaptação devido o desajuste espacial e motor, além da presença de dor orofacial, o que corrobora com a realização dessas funções com alterações significativas, promovendo impactos relevantes à vida do paciente. Dessa forma, é necessário a avaliação e a identificação das adaptações funcionais para o direcionamento da prática terapêutica.

O fonoaudiólogo trabalha com uma abordagem miofuncional orofacial, importante como tratamento complementar nos traumas de face, buscando restabelecer as funções acometidas, evitando o risco de hipomobilidade, redução funcional e progressão de possíveis sequelas. Entretanto, é válido ressaltar a importância do trabalho interdisciplinar, tendo em vista impedir complicações que possam comprometer a reabilitação e recuperação do paciente.

REFERÊNCIAS:

CÂMARA, Glória Oti; MANGILLI, Laura Davison; SASSI, Fernanda Chiarion; et al. SISTEMA MIOFUNCIONAL OROFACIAL E TRAUMA DE FACE: REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA. São Paulo, Brasil. Disponível em: <file:///C:/Users/1083453/Downloads/v29n1a25.pdf>, Acesso em: 30 abr 2019

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Apnéia do Sono na Infância

Afetando a qualidade de vida das crianças

A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) em crianças foi descrita pela primeira vez em 1892, pelo médico canadense William Osler. Entretanto, esse estudo só tornou sistemático a partir da década de 1970. A prevalência em crianças é de 0,7 – 3%, com pico de incidência nos pré-escolares, sendo que fatores anatômicos e funcionais predispõem a essa síndrome.

A qualidade do sono na infância é de extrema importância para a promoção do bem-estar, do desenvolvimento intelectual, para a solidificação do aprendizado, para o desenvolvimento mental e a segurança de uma vida adulta mais saudável. Segundo a Academia Americana de Medicina do Sono, um sono de má qualidade pode afetar negativamente não só no desenvolvimento escolar das crianças, como também gerar graves distúrbios emocionais, comportamentais e retardo no crescimento.

A doença na infância é identificada por episódios frequentes de obstrução completa ou parcial das VAS durante o sono, o que pode gerar quadros de hipoxemia, ou seja, diminuição da quantidade de oxigênio distribuída pelo organismo, e hipercapnia, aumento de gás carbônico no sangue.

As doenças respiratórias tornaram-se uma importante causa de mortalidade infantil e de grande preocupação para a medicina, haja vista que os motivos estão associados a falta de cuidado nos primeiros sintomas e as más condições de saúde.

Os achados fisiopatológicos demonstram o aumento da resistência da via aérea durante o sono, devido a combinação entre a hipertrofia dos tecidos moles, dismorfimos craniofaciais, fraqueza neuromuscular e/ou obesidade. É válido pontuar que, na infância, as crianças possuem essas estruturas imaturas.

A SAOS em crianças são mais comuns e mais prolongadas durante o sono REM. Dessa forma, quando não tratada, pode gerar morbidades sérias que afetam o sistema nervoso central, sistema cardiovascular, sistema metabólico, crescimento somático e ainda quando há hipóxias intermitentes durante o sono, pode induzir a elevação da pressão arterial sistêmica e pulmonar, o que pode levar a uma disfunção ventricular direita.

A escolha para o tratamento deve ser de acordo com a etiologia, gravidade da apneia e as opções terapêuticas mais viáveis. Considera-se a adenotonsilectomia como a primeira linha de tratamento quando existe hipertrofia adenotonsilar, comum durante a infância. Se após a intervenção cirúrgica não houver melhora do quadro, possivelmente a SAOS é decorrente de fatores neuromusculares e dinâmicos, sendo muito comum em crianças que possuem hipotonia generalizada, como por exemplo, portadoras de Síndrome de Down ou em crianças que apresentam obesidade, sendo assim, necessitam de um tratamento adicional após a cirurgia.

Aparelhos ortodônticos são utilizados em determinadas alterações craniofaciais a fim de reduzir a resistência de via aérea e melhorar a eficácia da função neuromotora, tanto para o avanço mandibular em casos de retrognatismo, quanto em problemas de mau posicionamento mandibular. Além disso a utilização de aparelhos reposicionadores mandibulolinguais. Entretanto, é necessário que a haja participação da fonoaudiologia, tendo em vista, adequar aspectos anátomo-morfológicos e anátomo-funcionais dos órgãos fonoarticulatórios, tendo atenção especial ao público infantil devido à falta de maturação e estabilidade dessas estruturas.

Entretanto, quando ocorre falhas no tratamento ou em casos mais graves, pode ser feito uma cirurgia craniofacial. Enquanto não é executada, para segurança e alívio do paciente, é realizada a traqueostomia. Além disso, levando-se em conta as medidas subjacentes que terão que ser alcançadas, como a perda de peso da criança, quando apresentam sobrepeso ou obesidade, o tratamento da asma, rinite alérgica, distúrbios da tireoide e refluxo gastroesofágico, para que ocorra melhores resultados no tratamento da SAOS.

Referências:

RAMOS, Regina. Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono na Infância. [Artigo online] Artigo revisão , Pulmão, RJ, 2013 [Acesso em: 3 abr. 2019.] Disponível em: <http://www.sopterj.com.br/wp-content/themes/_sopterj_redesign_2017/_revista/2013/n_03/07.pdf.>

POOR sleep can negatively affect a student’s grades, increase the odds of emotional and behavioral disturbance. [Internet] N Frontage Rd, Illinois, EUA, 9 jun. 2008. [ Acesso em: 3 abr. 2019.] Disponível em: https://aasm.org/poor-sleep-can-negatively-affect-a-students-grades-increase-the-odds-of-emotional-and-behavioral-disturbance/.

STUDY shows adenoidectomy alone may be effective in some children with sleep apnea. [Internet] N Frontage Rd, Illinois, EUA, 15 nov. 2016. [ Acesso em: 3 abr. 2019.] Disponível em: https://aasm.org/study-shows-adenoidectomy-alone-may-be-effective-in-some-children-with-sleep-apnea/. Acesso em: 3 abr. 201

PRATO, Maria Izabel et al. Doenças respiratórias na infância uma revisão integrativa. [Artigo online] Rev. Sociedade Brasileira de Enfermagem Pediátrica. Julho de 2014. [ Acesso em: 3 abr. 2019.] Disponível em: <https://sobep.org.br/revista/images/stories/pdf-revista/vol14-n1/v14_n1_artigo_revisao_1.pdf>

SOARES, Elisângela Barros et al. Fonoaudiologia X ronco / apneia do sono. [Artigo online] Rev. CEFAC , São Paulo, v. 12, n. 2, p. 317-325, abril de 2010. [ Acesso em: 3 abr. 2019.] Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462010000200019&lng=en&nrm=iso>.

BALBANI, Aracy PS; WEBER, Silke AT; MONTOVANI, Jair C .. Atualização em síndrome da apnéia obstrutiva do sono na infância. [Artigo online] Rev. Bras. Otorrinolaringol. São Paulo, v. 71, n. 1, p. 74-80, fevereiro de 2005. [ Acesso em: 3 abr. 2019.] Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992005000100013&lng=en&nrm=iso>. acesso em 03 de abril de 2019.

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Apneia obstrutiva do sono no Adulto

Afetando a qualidade do sono de milhares de pessoas

Estima-se que a Síndrome da Apneia obstrutiva do sono (SAOS), tem prevalência de 4% nos homens a 2% nas mulheres, entre 30 a 60 anos de idade. Dessa forma, é necessária uma enorme atenção, tendo em vista a quantidade de morbidades neurocognitiva e cardiovascular que pode acometer essa população.

Além dos sintomas de apneia ou hipopneia, outros sintomas diurnos como alterações cognitivas, sonolência, estresse e depressão, afetam a qualidade de vida do adulto, levando-se em conta que ele irá realizar todas as suas atividades diárias com menor atenção e consequentemente com maior risco. De acordo com o professor do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e chefe da disciplina de Medicina e Biologia do Sono, Marco Túlio de Mello, entre 27% e 32% dos acidentes de trânsito no mundo são provocados por motoristas que dormem na direção, responsáveis também por 17% e 19% das mortes no asfalto. (ESTADÃO, 2008)

Dessa forma, pode-se correlacionar o impacto que rotinas de sonos ruins pode provocar na qualidade de vida da população. Além disso, outros estudos demonstram que o ronco, sintoma que também pode estar presente em casos de apneia, é um forte responsável pela separação de casais, tendo em vista que ele pode interferir na noite de sono do casal, considerando-se que o ronco pode alcançar até 90 decibéis. O livro “Guinness Word Records”, registrou o ronco de maior intensidade do mundo, emitido na Inglaterra em 1984, que alcançou a marca de 87.5 decibéis, equivalente ao ruído produzido por um trem em movimento

Diversos fatores podem predispor essa doença: idade, sexo masculino, menopausa, obesidade, doenças endócrinas e características do estilo de vida como tabagismo, alcoolismo e consumo de sedativos. Além disso, a morbidade e mortalidade devido apneia obstrutiva do sono já está se associando a Diabetes tipo II, Doenças cardiovasculares e doenças cerebelares, sendo elas mais frequentes entre os adultos e idosos.

O tratamento é iniciado com o objetivo de promover uma ventilação e oxigenação noturnas normais, diminuir ou abolir o ronco, eliminar a fragmentação do sono. Para isso, são utilizadas estratégias como a higiene do sono, postura corpórea adequada, evitando a posição de decúbito dorsal horizontal, perda de peso, abstinência do álcool e suspenção de sedativos. Além disso o tratamento de doenças de bases como o hipotireoidismo, rinites e causas de obstruções nasal.

Somado a isso, o uso de fármacos que auxiliam na ventilação. O uso de dispositivos para a manutenção de via área patente como o uso de máscara para a pressão positiva contínua na via área (CPAP), é uma alternativa, além disso o uso de dispositivos de utilização intra-oral, sendo aparelhos reposicionadores mandibololinguais, em casos de apneia leve. Os tratamentos cirúrgicos como a traqueostomia, sendo essa mais utilizada em casos de obesidades mórbidas; cirurgias para a correção de anomalias nasais; Uvulopalatofaringoplastia, sendo essa muito comum e com finalidade de remover o tecido redundante do palato mole juntamente com a úvula.

A intervenção fonoaudiológica consiste em adequar aspectos anátomo-morfológicos e anátomo-funcionais dos órgãos fonoarticulatórios, que nessa doença podem apresentar alterações. Dessa forma o fonoaudiólogo pode intervir na reeducação das funções dos músculos linguais, com alterações desencadeadas, adequar a forma e função dos grupos musculares que interferem no bom desempenho do sistema estomatognático, aumentar a força muscular, promover posturas que favoreçam um funcionamento mais adequado. Além disso, são utilizados exercícios de relaxamento e respiração, exercícios específicos para estimular e adequar as funções do sistema estomatognático e exercícios orofaciais e articulatórios.

Referências:

LIMA, Mário Sérgio. Sono provoca até 32% dos acidentes de trânsito. Estadão , São Paulo, SP, p. 1, 1 mar. 2008. Disponível em: https://www.estadao.com.br/noticias/geral,moradores-teriam-um-pouco-mais-de-1-hora-para-escapar-em-caso-de-rompimento-de-barragem,70002765882. Acesso em: 3 abr. 2019.

APNEIA do sono: sintomas, tratamentos e causas [internet]. Brasil. [Acesso em: 01 abr. 2019]. Disponível em: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/apneia-do-sono

Strohl KP. Apneia obstrutiva do sono [internet]. EUA; 2015. [Acesso em: 02 abr. 2019]. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/apneia-do-sono/apneia-obstrutiva-do-sono

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Papo de Pesquisa- Viés

Variáveis que interferem nas pesquisas

Alguns fatores podem interferir ao testar hipóteses, entre eles os erros que podem mascarar os verdadeiros resultados de um estudo. Entre esses está o erro aleatório que ocorre quando o valor medido na amostra diverge, aleatoriamente, do valor verdadeiro da população. Outro tipo de erro é conhecido como sistemático, que ocorre quando em qualquer processo ou estágio da pesquisa em que a metodologia se torna incorreta ao longo da investigação e consequentemente distorce os resultados. Esses podem estar relacionados ao viés de seleção, informação e confusão.

O viés de seleção ocorre quando os procedimentos que foram utilizados para selecionar os participantes influenciam e distorcem os resultados. Isso ocorre principalmente quando a amostra é suficientemente diferente da população-alvo e não se espelha nela. Em relação aos estudos de caso-controle, ocorrem principalmente quando os controles não são representativos. Por exemplo, não expostos ao mesmo nível da doença.

O viés de participação ou de resposta (ou até de não resposta) ocorre quando aqueles que consentem em participar do estudo são diferentes daqueles que recusam, comprometendo a representatividade dos estudos. Tendo em vista, que em geral aqueles que participam das pesquisas de estudo tem maior disponibilidade, melhor qualidade de vida e estão mais preocupados com sua saúde, em relação aos que recusam. Além disso, temos que estar atentos se os controles passaram por algum agravo a saúde durante as pesquisas, e consequentemente, se tornaram um caso. Com isso, é sempre interessante combinar os casos com controles a partir do emparelhamento de características demográficas, sociais e até mesmo de residência

Outro viés ocorre quando há a seleção de casos prevalentes ao invés de incidentes. A prevalência é afetada pela duração da doença, e consequentemente, influenciada pelo tratamento e cura. Para evitar esse erro é necessário favorecer a escolha de casos incidentes e se não for possível discuti-los, ver o que pode ser feito para minimizá-los.

O viés do observador ocorre quando a maneira como o pesquisador obteve as informações se difere entes os indivíduos do caso ou controle. De modo que o conhecimento do estagio da doença ou de exposição influenciam o nível de detalhe na coleta de dados. Tendo em vista, que os administradores da pesquisa enfatizam algumas questões de diferentes formas para diversos grupos de entrevistados e essa diferença sistemática na coleta de dados podem influenciar os resultados. Para evitar esse viés é necessário que os entrevistadores sejam treinados e a coleta de dados seja de forma padronizada.

Confundir é também um erro sistemático, mas não qualquer erro metodológico durante o estudo e sim ligado as variáveis que estão associadas aos resultados. Além disso, esse erro pode acontecer antes e depois do trabalho de campo e para minimizar esse erro incluem estratégias como: restringir a amostra a partir de critérios de inclusão/exclusão, estratificação ou emparelhamento. Porém, devemos ficar atentos se ao restringirmos muito a nossa amostra limitamos a validade do estudo.

Portanto, os estudos estão expostos a vários vieses, mas esses podem ser evitados, controlados ou minimizados. É também necessário que os pesquisadores tenham noção deles para desenvolver mecanismos para controlá-los. Tendo em vista, que as pesquisas devem garantir o rigor científico e principalmente possam contribuir para a melhora nas condições de saúde e desenvolvimento da população.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Carlos Podalirio Borges de; GOULART, Bárbara Niegia Garcia de. Como minimizar vieses em revisões sistemáticas de estudos observacionais. Rev. CEFAC, São Paulo , v. 19, n. 4, p. 551-555, ago. 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462017000400551&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 mar. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/1982-021620171941117.

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Síndrome de Down

Síndrome do cromossomo 21

A síndrome de Down é um distúrbio genético, descrito inicialmente em 1866 pelo médico inglês John Langdon Down. É considerada síndrome mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família. Sendo ela caracterizada pela presença de três cromossomos 21 em todas as células ou em sua maioria. Dessa forma, o individuo com trissomia do cromossomo 21, tem 47 cromossomos em suas células, ao invés de 46 como a maioria da população.

Nessa síndrome de 70-80% dos casos os indivíduos são eliminados prematuramente, entretanto ela possui natureza Subletal. Além disso, verifica-se que essa condição vem aumentando na população e também a sobrevida dessas pessoas. Tendo em vista, que os sindrômicos atualmente contam com diversos tratamentos e terapias, que garantem melhor qualidade de vida e inserção social.

Somado a isso, o perfil de paternidade vem sendo mudado e a possibilidade de síndrome de Down pode ser aumentada com idade materna. Sendo aos 20 anos 0,07%, passando para 0,3% aos 35, 1% aos 40 e quase 3% após os 45 anos. Isso é explicado devido o fenômeno em que as células germinativas femininas são expostas por um maior tempo a danos ambientais e resultando em maiores erros na divisão meiótica^[2]. Entretanto, o nascimento de crianças com síndrome de Down de mães jovens, assim como erros na divisão de origem materna indiciam que o fator idade não deve ser o único considerado.

A síndrome de Down possui algumas variantes, mas três são as mais comuns de ser encontradas. A que mais prevalece é a Trissomia Simples (padrão), sendo ela caracterizada pela pessoa possuir 47 cromossomos em todas as células, tendo em vista que ela acomete 95% dos casos de síndrome de Down. A Translocação ocorre quando o cromossomo extra do par 21 fica unido em outro, nesse caso a pessoa possuí 46 cromossomos, mas é portadora da síndrome. E o Mosaico é a alteração que compromete apenas parte das células, ou seja, algumas com 46 e outras com 47 cromossomos.

O principal método de diagnóstico é feito através do cariótipo, no qual é realizada a representação do conjunto de cromossomos de uma célula. Geralmente é obtido a partir do exame dos leucócitos em uma amostra de sangue periférico. Esse exame é o que realmente comprova se há trissomia do cromossomo 21. Ele também pode ser realizado, antes do nascimento, depois da décima primeira semana de vida-uterina, utilizando tecido fetal. Além disso, algumas características fenotípicas podem também ser identificadas na ultrassonografia morfológica.

Referências:

[1]LEITE, Leonardo. Síndrome de Down: Genética clínica. Disponível em: <http://www.ghente.org/ciencia/genetica/down.htm>. Acesso em: 06 out. 2018.

[2]MOREIRA, Lília MA; GUSMAO, Fábio AF. Aspectos genéticos e sociais da sexualidade em pessoas com síndrome de Down. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 24, n. 2, p. 94-99, June 2002 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462002000200011&lng=en&nrm=iso>. access on 25 Feb. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462002000200011.

[3]OPAS (Brasil) (Org.). O que é Síndrome de Down, Características, Causas e Sintomas. 2018. Disponível em: <https://www.opas.org.br/o-que-e-sindrome-de-down-caracteristicas-causas-e-sintomas/>. Acesso em: 29 set. 2018.

[4]SÍNDROME de Down: o que é?. 2014. Disponível em: <http://www.movimentodown.org.br/sindrome-de-down/o-que-e/>. Acesso em: 06 out. 2018.

[5]SÍNDROME de Down: sintomas, tratamentos e causas. sintomas, tratamentos e causas. 2018. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-de-down>. Acesso em: 29 set. 2018.